NarratLab

O NarratLab – Laboratório Permanente de Formação e Acompanhamento de Novos Narradores é um projeto que reune realização prática e reflexão teórica sobre roteiros de audiovisual, investigação narrativa e de mise-en-scène, para contribuir na formação, acompanhamento e desenvolvimento de roteiristas e práticas de roteiro.

Trata-se de um projeto interinstitucional que disponibiliza a discentes da UFRJ e da UFF e aos participantes dos projetos de extensão a possibilidade de ampliação do repertório de escrita e do conhecimento sobre a dramaturgia fílmica através do debate teórico e reflexivo e da prática continuada de produção de roteiros.

O Laboratório também coloca os seus participantes em contato direto com produtoras e realizadores consolidados de audiovisual; e conta com a participação de novos roteiristas vinculados a coletivos e projetos audiovisuais do Estado do Rio de Janeiro.

O NarratLab se estrutura a partir de duas linhas de pesquisa, ambas de caráter formativo e com vocação de pesquisa e extensão:

  1. mapeamento e sistematização de práticas de roteiro em contextos culturais e mercadológicos distintos
  2. reflexão e proposição de métodos e processos de criação de roteiros, considerando as pesquisas sobre roteiro, narrativas e encenação, bem como práticas já estabelecidas.

A atuação das duas linhas de pesquisa tem por objetivo não apenas teorizar e mapear estudos e práticas de roteiro, mas também articular tais reflexões com uma dimensão formativa de novos roteiristas. Para isso, o NarratLab se estabelece em dois eixos:

  • oficina permanente onde os participantes aprimoram os conhecimentos e as ferramentas da escrita narrativa;
  • parcerias e mentorias para inserção dos participantes nos muitos mercados de escrita audiovisual.

    A oficina permanente contempla a criação de grupos de pesquisa e escrita, rodas de leitura dirigida, orientação de professores e pesquisadores da Escola de Comunicação da UFRJ e do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF, e palestras e workshops com roteiristas, escritores, realizadores, produtores e pesquisadores convidados.

    O Narratlab também com isso apresenta um catálogo de referência de novos roteiristas aptos a se inserirem no ambiente profissional de roteiro. Tal banco de talentos será divulgado entre agentes do mercado audiovisual através de convênios com produtoras de audiovisual e plataformas de exibição interessadas em contarem com os participantes do Laboratório em seus projetos de roteiro.

    Os dois eixos de funcionamento do NarratLab são definidos dentro das seguintes atividades.

    Eixo Oficina Permanente

    • Divulgação do projeto para Comunidade Acadêmica e seleção de alunos, ex-alunos e extensionistas interessados.
    • Constituição dos Grupos temáticos de escrita e pesquisa nos seguintes formatos: séries e filmes ficcionais; séries e filmes documentais; jogos eletrônicos; e podcasts.
    • Definição dos cronogramas de criação dos projetos.
    • Acompanhamento da produção dos alunos.
    • Rodas de leitura dos textos produzidos.
    • Palestras e Workshops de convidados.
    • Indicação de projetos para a produção.
    • Avaliação e divulgação dos resultados da oficina.

    Eixo Inserção de Novos Roteiristas

    • Convite a Produtoras e Plataformas interessadas.
    • Constituição de convênio com Produtoras e Canais de exibição.
    • Identificação dos projetos abertos a novos roteiristas.
    • Seleção partilhada dos participantes para os projetos.
    • Supervisão e Mentoria dos participantes selecionados.
    • Avaliação e divulgação dos efeitos do projeto.

    Atividades em andamento

    • Grupo de criação de narrativas sonoras e podcasts.
    • Sala de roteiro em parceria com o PPGMC

      Contato: narratlab@eco.ufrj.br

      Equipe do NarratLab

      Aurélio de Aragão – Coordenador geral

      Articula dois campos de atuação: por um lado escreve roteiros para televisão, streaming, cinema e podcasts e por outro é pesquisador, roteirista e professor de roteiro e processo criativo da Escola de Comunicação (Eco) da UFRJ.
      Para a TV e Streaming roteirizou séries como Por Isso Sou Vingativa (Multishow), Os Homens São de Marte (Gnt), Me Chama de Bruna (Fox Premium), A divisão (Globoplay), Férias em Família ( Globoplay), Adriano, o Imperador (Paramount). Para cinema foi roteirista, diretor e consultor de diversos curtas premiados no Brasil e no exterior e roteirista dos longas metragem de ficção A Divisão, New Life S.A., Viola no redemoinho e O Cerco (do qual também é diretor). Também foi roteirista dos Podcasts “Praia dos Ossos” e “República das Milícia”.
      Desenvolve uma investigação sobre “Afetos, emoções e efeitos empáticos no roteiro” e coordena uma pesquisa sobre “Narrativas Sonoras”.

      Colaboradores

      Fernando Salis

      Radialista e cineasta, formado em Comunicação Social, 1990, possui Pós-Doutorado pela Universidad Carlos III de Madrid, Espanha, 2009, Doutorado em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil, 2003, com pesquisa complementar na New York University, EUA, e Mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de janeiro, Brasil, 1996. Foi professor visitante na New York University, EUA, 2001-2002, Universidad Carlos III de Madrid, Espanha, 2007-2008, e École Media Arts EMA Fructidor, França, 2011-2012. Atualmente é Professor Associado da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil, onde atua como Professor permanente do PPGMC – Programa de Pós-Graduação em Mídias Criativas além de coordenar cooperação internacional com a UDELAR – Universidad de la República Uruguay. Tem experiência nas áreas de Comunicação, Comunicação e Saúde, Filosofia e Artes, com ênfase em Cinema e Performance, atuando principalmente nos seguintes temas: comunicação audiovisual, performance, cinema documentário, rádio e educação à distância.

      Ilana Feldman

      Professora Adjunta da Escola de Comunicação da UFRJ. Tem pós-doutorado em Meios e Processos Audiovisuais pela USP,e pós-doutorado em Teoria Literária pela UNICAMP, onde desenvolveu a pesquisa É doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da USP, com a tese “Jogos de cena: ensaios sobre o documentário brasileiro contemporâneo” (bolsa Capes, 2008-2012). É mestre em Comunicação pela UFF, com a dissertação “Paradoxos do visível: reality shows, estética e biopolítica” (bolsa CNPq, 2005-2007). É graduada em Comunicação Social – Cinema, pela UFF (2004), tendo participado de duas pesquisas de Iniciação Científica na linha da Imagem, Tecnologia e Subjetividade (bolsa PIBIC, CNPq, 2000-2002). Desde 2008 tem pesquisado os modos de construção narrativa e produção da subjetividade no âmbito do documentário e do cinema contemporâneo, com ênfase na relação entre subjetividade, política e cultura. De 2009 a 2014, atuou como coordenadora, professora e orientadora de projetos do curso livre de Documentário da Academia Internacional de Cinema (AIC), em São Paulo. Como pesquisadora e ensaísta, além dos artigos acadêmicos, livros e capítulos de livros, nacionais e estrangeiros, tem atuado como crítica de cinema, literatura e cultura, escrevendo para diversos jornais e revistas: revista Serrote, caderno Ilustríssima da Folha de S. Paulo, revista de livros Quatro cinco um, revista de fotografia ZUM, entre outras publicações e catálogos. Foi colaboradora das revistas eletrônicas Trópico (2004-2007), de crítica cultural, e Cinética (2006-2012), de crítica de cinema e audiovisual. Como curadora independente, tem nos últimos 20 anos realizado projetos de extensão, como curadorias, ciclos de filmes, seminários e cursos livres, em diversas instituições culturais, tendo sido curadora do Museu Judaico de São Paulo (2021). Como realizadora, co-roteirizou e co-dirigiu o documentário em média-metragem “Se tu Fores” (Prêmio Itaú Cultural para Novos Realizadores, SP, 2001) e os filmes “Almas Passantes, um percurso com João do Rio e Charles Baudelaire” (Prêmio Riofilme para Roteiro de Curta-metragem, RJ, 2005) e “Rosa e Benjamin” (Prêmio da Secretaria Estadual de Cultura para Roteiro de Curta-metragem, SP, 2008), ganhador dos prêmios de Melhor de Direção (9ª. Goiânia Mostra Curtas de 2009) e Melhor Roteiro (16 Festival de Vitória de 2009).

      Lia Bahia Cesário

      É professora doutora do curso de cinema e vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF). No doutorado desenvolveu a pesquisa A telona e a telinha: encontros e desencontros entre cinema e televisão no Brasil, e no mestrado realizou a dissertação Uma análise do campo cinematográfico brasileiro sob a perspectiva industrial. Ganhou Prêmio do Rumos Itaú Cultural 2010/2011 de pesquisa concluída. Trabalhou em diversos órgãos públicos como Ancine, Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e Riofilme no planejamento, elaboração e execução de pesquisas e programas de fomento e difusão audiovisual. Foi, entre outros, Coordenadora Geral do Audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura e Coordenadora da Première Brasil do Festival do Rio 2017.

      Lúcia Ramos Monteiro

      Professora do curso de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense. Realizou pós-doutorado (Fapesp) na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e na Universidade Grenoble Alpes. Integrante do grupo de pesquisa “História e Audiovisual: dimensões históricas do audiovisual” (ECA-USP), coordenado pelo Prof. Dr. Eduardo Morettin, reconhecido pelo Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. Possui graduação em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (1998), mestrado (2007) e doutorado (2014) em Estudos cinematográficos e audiovisuais pela Université Sorbonne Nouvelle – Paris 3. É também doutora (2014) em Ciências da Comunicação na Universidade de São Paulo. Foi também professora dos cursos de cinema da Universidade Sorbonne Nouvelle – Paris 3 e da Universidad de las Artes, em Guaiaquil, Equador. É co-organizadora dos livros “Cinema e história” (Editora Sulina, 2017), “Palmanova” (Form[e]s, 2016) e “Oui, c’est du cinéma / Yes, it’s cinema” (Campanotto, 2009). Realizou a curadoria das mostras “A Caliwood de Luis Ospina. Cinema colombiano de vanguarda” (Caixa Cultural RJ, 2017) e “África(s). Cinema e revolução” (Caixa Belas Artes SP, 2016), entre outras.

      Mariana Baltar Freire

      Doutora em Comunicação pela UFF (2007), professora da graduação em Cinema e Audiovisual da UFF onde desenvolve temas vinculados às políticas de gênero e sexualidade, bem como à dimensão do afeto e do excesso como estratégicas estéticas e matrizes culturais para dar conta do lugar do corpo, das sensações e emoções no contexto da cultura audiovisual contemporânea. É bolsista de produtividade do Cnpq (Pq 2) e professora e coordenadora do Programa de Pós-graduação em Cinema e Audiovisual (PPGCine) da UFF. Coordenadora do Nex ? Núcleo de Estudos do Excesso nas Narrativas Audiovisuais, publicou o livro “Realidade Lacrimosa” (Eduff, 2019) e diversos artigos entre eles: “Corpos, pornificações e prazeres partilhados”, na Imagofagia (2018), “Atrações e prazeres visuais em um pornô feminino”, Significação (2015); ” Real sex, real lives ? excesso, desejo e as promessas do real”, E.Compós (2014); “Saber em viagem – os travelogues no amálgama entre realidade e espetáculo”, na Matrizes (2013), “Entre afetos e excessos ? respostas de engajamento sensório-sentimental no documentário brasileiro contemporâneo”, Na Rebeca (2013); “Evidência invisível ? Blow Job, vanguarda, documentário e pornografia, na Revista Famecos (2011)” e o capítulo Weeping Reality, no livro Latin American Melodrama. Passion, Pathos, and Entertainment (2009). Em 2016, atuou como consultora do Núcleo Criativo Reinvenções do cinema de gênero, organizado pela produtora Tardo Filmes, em Fortaleza.

      Mauro Reis

      Cineasta formado pela UFF com Mestrado Profissional em Produção de Conteúdos Digitais pela UFRJ. Coordenador Geral da Central de Produção Multimídia da Escola de Comunicação da UFRJ. Membro da APAN (Associação de Profissionais do Audiovisual Negro) e Sócio-Fundador da edt. (Associação de Profissionais de Edição Audiovisual).
      Melhor Roteiro pelo curta “2 Homens” (2000, Dirigido por Helvecio Marins Jr.) no Festival de Varginha (selecionado em diversos festivais, como Roterdã, Clermont-Ferrand, Gramado etc.). Premiado no Edital 2008 da Secretaria de Cultura – RJ onde desenvolveu o roteiro de longa-metragem de ficção “O Desejo Viaja de Trem”.
      Diretor, Produtor, Roteirista e Montador dos curtas “Quando se sonha tão grande, a realidade aprende” (2016), vencedor do CINEfoot-RJ, CINEfoot-BH e FICTS Milano (considerado o Oscar do audiovisual esportivo) e “mais triste que chuva num recreio de colégio” (2018), premiado pelo júri oficial de Oberhausen e selecionado para diversos festivais como Clermont-Ferrand, Festival do Rio, IndieLisboa etc.
      Recentemente montou o longa “O Cerco”, selecionado para a Mostra Aurora em Tiradentes, 2021 e o curta “Fantasma Neon”, Leopardo de Ouro no Festival de Roterdã 2021.