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Consuni aprova novo curso de Jornalismo na ECO

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A criação do novo curso de bacharelado em Jornalismo na ECO/UFRJ foi aprovada por unanimidade na reunião extraordinária do Conselho Universitário em 18/12/2018.

Para falar sobre o assunto, convidamos o professor Fernando Ewerton, coordenador de Jornalismo na ECO. 
“Acredito que o novo currículo nos ajudará a entender e enfrentar os desafios que a profissão tem no curto, médio e, espero, longo prazos, não apenas formando jornalistas para um mercado de trabalho em transição, mas cidadãos conscientes do papel da informação na sociedade, capazes de desenvolver suas habilidade e de viver honestamente de seu trabalho”, afirma.

ECOpress – O que o novo currículo traz, o que muda? 
Fernando Ewerton – Entre as mudanças está a oferta de disciplinas específicas de jornalismo e laboratórios desde o 1º período e sua distribuição ao longo de todo o curso. As diretrizes também aumentaram a carga horária mínima de 2.700 horas para 3.000, incluindo 200 horas de estágio obrigatório.

Para manter a integridade acadêmica e pedagógica da ECO, o novo currículo reserva 25% da carga horária a disciplinas comuns aos outros cursos da Escola, a maioria delas correspondente ao atual ciclo básico, mas agora distribuídas até o 5º período.

A principal mudança estabelecida pelas novas diretrizes do MEC é a entrada em separado do curso de Comunicação Social, do qual Jornalismo deixa de ser uma habilitação e passa a ser um curso independente.

Quais serão as melhorias para o aluno? 
O contato com disciplinas voltadas diretamente à profissão desde o primeiro período, a possibilidade de fazer laboratórios durante todo o curso, o equilíbrio entre teoria e prática e a oferta de trilhas de especialização, que permitirão ao aluno escolher disciplinas optativas de teoria e pesquisa, jornalismo especializado, jornalismo audiovisual e digital, jornalismo gráfico e fotográfico e de gestão e inovação em jornalismo.

O que levou à ECO propor o novo curso? Quem fez parte da equipe?

As novas diretrizes foram estabelecidas pelo MEC em 2013 e no fim de 2017 a Direção da ECO foi informada pela Seção de Diplomas que o nome do curso passaria a ser Bacharelado em Jornalismo, como previsto na nova norma, e não mais Comunicação Social: Habilitação Jornalismo. No primeiro semestre de 2018 a plataforma e-MEC, onde são registradas as vagas oferecidas no Sisu, passou a indicar Jornalismo como um curso separado de Comunicação Social, o que tornou a adoção do novo currículo inadiável.

O Núcleo Docente Estruturante (NDE) foi composto pela professora Cristiane Costa, então coordenadora de graduação em Jornalismo; a professora Cristina Rego Monteiro, à época vice-diretora da ECO; e eu, Fernando, que em março de 2018 sucedi a Cristiane na coordenação do curso. Mais da metade dos quase 100 professores da ECO, de eméritos a substitutos, participaram com sugestões de ementa e bibliografia em suas áreas. As seções de Extensão e de Ensino também contribuíram, com orientações e esclarecimentos importantes. A versão final do projeto foi revisada pelo professor William Braga e debatida em mais de uma reunião de Condep e da Congregação, o que faz dela uma obra essencialmente coletiva.

Quanto tempo a equipe de professores da ECO levou para elaborar o novo currículo? 
O NDE foi nomeado em novembro de 2015 e o novo Projeto Pedagógico foi aprovado na Congregação da ECO em julho de 2018. Neste período, foram realizadas reuniões setoriais e departamentais com professores de todas as áreas envolvidas, incluindo um seminário organizado pelo Centro Acadêmico com ex-alunos de reconhecido destaque profissional, que trouxeram muitas contribuições ao debate.

Como fica o ingresso? 
Os alunos que entraram em 2018-2 e que, ao fim de 2019-2, escolherem a habilitação Jornalismo, serão os últimos formados neste curso e seguirão até o fim no currículo atual. Os calouros de Jornalismo em 2019-1 já começam no novo currículo.

Os alunos antigos poderão migrar para o novo currículo? 
Não, mas as ementas de disciplinas comuns, como Redação ou Reportagem, serão as mesmas do novo currículo, sendo adaptadas gradativamente pelos respectivos professores, levando em conta que o novo curso tem uma estrutura diferente. Além disso, à medida que novas disciplinas optativas forem oferecidas, os alunos antigos poderão fazê-las também, como complementares e Habilitação ou de Livre Escolha.